O termo “calcificação política” foi cunhado pelo cientista político brasileiro Felipe Nunes para descrever o fenômeno da polarização política que vem se intensificando no Brasil nos últimos anos. A calcificação política é caracterizada pelo enrijecimento das posições políticas, a redução da tolerância à divergência e a dificuldade de diálogo entre os diferentes grupos políticos.

O termo “calcificação” é utilizado para enfatizar a ideia de que as posições políticas estão se tornando cada vez mais rígidas e inflexíveis. Isso se deve a diversos fatores, como a crescente fragmentação do espectro político, a radicalização das elites e o uso das redes sociais para disseminação de informações falsas e desinformação.

A calcificação política tem consequências negativas para a democracia. Ela dificulta o processo de tomada de decisão, pois torna mais difícil encontrar consensos entre os diferentes grupos políticos. Além disso, ela aumenta o risco de conflitos e violência, pois pode levar à intolerância e ao extremismo.

No Brasil, a calcificação política é particularmente evidente no contexto da polarização entre os apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente Jair Bolsonaro. Esses dois grupos estão cada vez mais distantes e antagônicos, e é difícil imaginar que possam chegar a um consenso sobre qualquer tema.

A calcificação política é um fenômeno complexo que não tem uma solução fácil. No entanto, é importante estar ciente de suas causas e consequências para que possamos tomar medidas para combatê-la.

Algumas medidas que podem ser tomadas para combater a calcificação política incluem:

  • Promover o diálogo e o debate entre os diferentes grupos políticos;
  • Educar a população sobre os riscos da polarização política;
  • Combater a disseminação de informações falsas e desinformação;
  • Reformar o sistema político para torná-lo mais representativo e inclusivo.

A calcificação política é um desafio sério para a democracia brasileira. No entanto, é possível combatê-la se houver vontade política e participação da sociedade civil.

Obs: Super indico o livro: Biografia do Abismo de Felipe Nunes e Thomas Traumann.

Oscar Silva – Diretor Presidente